Redefinindo a luta
impacto da flexibilização das leis trabalhistas no Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.31994/rvs.v15i2.1002Palavras-chave:
Reforma Trabalhista, Sindicalismo, Educação, Precarização, Sind-UTEResumo
O estudo investiga o impacto da flexibilização das leis trabalhistas brasileiras na atuação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG). Desde a reforma trabalhista de 2017, o debate sobre os efeitos dessa flexibilização intensificou-se. A pesquisa adota uma perspectiva crítica, considerando a precarização e o desmonte de conquistas históricas dos trabalhadores como resultados dessa reforma. A reforma alterou diversos aspectos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), priorizando acordos entre empregadores e empregados sobre a legislação existente. Isso gerou críticas por representar um retrocesso nos direitos dos trabalhadores e fragilizar a capacidade de organização sindical.
O Sind-UTE/MG, uma entidade sindical de grande relevância na educação pública brasileira, é analisado como um caso específico para compreender os impactos dessa reforma. Os resultados indicam que a flexibilização laboral enfraqueceu a capacidade de negociação e mobilização dos sindicatos, afetando diretamente a correlação de forças nas mesas de negociação com o governo estadual. Conclui-se ressaltando a importância da luta sindical para defender os direitos trabalhistas e a qualidade da educação pública no Brasil.
Palavras-chave: reforma trabalhista, sindicalismo, educação, precarização, Sind-UTE.
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