Um estudo comparativo sobre a abordagem da satisfação no trabalho entre três escalas de medidas comportamentais
DOI:
https://doi.org/10.31994/rvs.v11i2.700Palavras-chave:
satisfação no trabalho, escalas, motivaçãoResumo
Uma vez que escalas psicométricas podem ser aplicadas para orientar políticas e práticas de gestão de pessoas, inclusive para se avaliar como se apresenta a satisfação no trabalho, de maneira geral, em uma determinada organização, este estudo consistiu em uma análise de como são estruturadas três escalas aplicadas no contexto brasileiro. Partiu-se do objetivo de comparar a abordagem do tema satisfação ao se analisar e delimitar convergências e complementaridades entre a Escala de Satisfação no Trabalho (EST), Escala de Satisfação no Trabalho do Occupational Stress Indicator (EST-OSI) e o Questionário de Satisfação no Trabalho S20/23. Desenvolvida, assim, uma pesquisa documental (visto que as análises se concentraram em como essas escalas são apresentadas para serem aplicadas), foi relevante considerar contribuições de pesquisas básicas, com ênfase sobre a projeção de teorias que possam ser apropriadas para a criação de instrumentos plausíveis de serem empregados no desenvolvimento de pesquisas aplicadas. Constata-se, nesta pesquisa, a criação dos itens das escalas analisadas com embasamento nas proposições de Frederick Herzberg, Victor Vroom e Edwin Locke. Cada um desses teóricos enfatiza aspectos específicos que possam servir de compreensão para se caracterizar e definir a satisfação no trabalho, ainda que existam diferentes maneiras de conceituar este tema. Consolidadas as análises de como as três escalas são compostas, foi possível observar semelhanças sobre como abordam fatores que influenciam a satisfação, viabilizando sugestões para futuras pesquisas concentradas na criação de um novo instrumento que unifique os itens projetados em cada uma das escalas abordadas neste estudo.
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